A fan page da SBCS, criada há pouco mais de um ano, completou, em outubro, cinco mil `curtidas´. Isso significa que cinco mil pessoas gostaram da proposta da página, clicaram no botão ‘curtir’ e passaram a ser amigos da fan page. Com isso, os amigos passam a receber as notificações diárias postadas na página. Isso dá aos amigos a oportunidade de comentar ou compartilhar as postagens, multiplicando o acesso dos posts. Isso porque, ao comentar ou compartilhar, o post aparece na página do amigo, dando aos amigos do amigo a oportunidade de também ver a postagem e até de compartilha-la também.
A fan page da SBCS é alimentada, todos os dias, pelo professor Raphael Fernandes, que até meados deste ano foi secretário adjunto da SBCS e agora está em pos-doutoramento nos EUA e pela jornalista Léa Medeiros. Além de notícias da SBCS, são divulgadas informações de utilidade pública para a ciência do solo, como concurso para professores e inscrições em programas de pós-graduação e também notícias compartilhadas de outros sites que interessam aos que têm alguma afinidade com a ciência do solo. Basta olhar outras fan pages de sociedades científicas para verificar que o número de amigos no facebook da SBCS pode ser considerado um sucesso. “Atribuo este sucesso às atualizações diárias da página com temas de interesse, mesmo que de outras áreas e até em outras línguas. Isso cria um público fiel, confiante e interessado. A seleção de notícias é feita por um pesquisador da ciência do solo, o professor Raphael, que tem critérios técnicos para definir o que é interessante”, avalia a jornalista Léa Medeiros.
No entanto, nem tudo é comemoração. A Secretaria Executiva da SBCS lamenta que o número crescente de pessoas que acompanham o facebook não corresponde ao crescimento no número de sócios da Sociedade. “Temos mantido um número de sócios inferior a mil nos últimos anos. O facebook mostra que o rol de interessados na ciência do solo é muito maior, mas estas pessoas não se associam, infelizmente. É uma nova geração de pesquisadores que ainda não compreendeu a importância de participar de uma sociedade científica e fortalecê-la como a mediadora do diálogo entre os interessados na ciência e os que promovem eventos ou políticas públicas que podem fomentá-la”, lamenta o presidente da SBCS, Gonçalo Signorelli de Farias.
No início do ano, o presidente da SBCS realizou um levantamento mostrando que muitos pesquisadores ligados instituições consagradas à ciência do solo, como universidades e centros de pesquisa não são membros da SBCS. Gonçalo comenta que não basta frequentar os eventos promovidos pela Sociedade. Ao se associar, o pesquisador se reúne aos seus pares da mesma região, por meio dos Núcleos Regionais ou Estaduais, ou aos colegas da mesma área de atuação, por meio das divisões especializadas. “É este contato estreito durante todo o ano que fortalece a ciência do solo nas regiões e áreas de conhecimento. Congregar pessoas é o papel da nossa Sociedade e os pesquisadores precisam investir nisso se quiserem fortalecer a nossa ciência no Brasil”, diz o presidente.